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Bem-vindo ao Blog do Berçário Pé Pequeno!

Criamos este espaço para que nossos papais, mamães, colaboradores e demais interessados
possam trocar informações sobre o desenvolvimento dos bebês, rotina escolar, assuntos relacionados
ao universo infantil e tudo mais que surgir de inquietação, dúvida, medo, alegria, felicidade, etc, etc, etc...

Ah, você ainda não conhece o Pé Pequeno?
A hora é agora! Entre no site www.passoseguro.com.br e conheça essa querida Escola, instalada há 23 anos no bairro da Mooca, em São Paulo-SP que, ao longo desses anos, tornou-se referência em Ed. Infantil na região.

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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sobre o ingresso de crianças pequenas na escola

Esta semana, correu na mídia que o ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno e sua esposa optaram por montar uma "escolinha" até os 7 anos de idade de suas filhas, em casa.
A Rede Record procurou a nossa Escola para entender quais os benefícios sociais que uma criança tem ao ingressar na escola desde cedo.
Antes de postar o link da reportagem, gostaria de comentar um pouco o assunto:

A partir dos 8 meses, o bebê já é capaz de reconhecer e interagir com outros bebês.
Esse início de interação social é muito importante para que ele possa entender que o mundo não gira em torno dele.
À medida que ele avança no desenvolvimento, essa interação passa a ser vista como processo de socialização, pois ele passa a requisitar o outro para conseguir realizar determinadas tarefas.
O convívio social entre crianças da mesma idade, proporcionado pela escola, é uma das bases para os relacionamentos sociais do indivíduo adulto e coadjuvante no processo ensino-aprendizagem, uma vez que é na relação com o outro e com o mundo que se torna possível a construção do conhecimento e a internalização de regras, limites e valores.
A experiência social vivenciada na escola, amplia o repertório de relações e estimula a criança a organizar idéias e encontrar recursos para lidar com as mais diversas situações.

http://noticias.r7.com/videos/polemica-criancas-que-estudam-em-casa/idmedia/4ecf7425fc9b08f388d53f7c.html

Abraços,

Priscila Zunno Bocchini

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Orientações da Academia Americana de Pediatria sobre o melhor jeito de dormir

Quem nunca foi várias vezes à noite ao quarto do filho para ver se ele estava apenas... respirando? Isso acontece em especial pelo pânico dos pais com a síndrome da morte. O termo é usado para designar uma morte na infância que não pode ser explicada depois de investigações, tanto da cena (local onde o bebê dormia), autópsia e revisão da história clínica da criança.

Esse tipo de ocorrido tem resultado em cada vez mais estudos, para encontrar uma resposta sobre o que poderia levar a essa morte prematura. Baseada justamente em pesquisas sobre o tema, a Academia Americana de Pediatria (AAP) acaba de publicar 18 recomendações para que as crianças tenham um sono seguro e previna tanto a morte súbita quanto outros tipos de problemas graves relacionados ao sono, como sufocamento. Confira

- De barriga para cima. Sempre! É a posição mais segura. A criança respira melhor e tem menos risco de engasgo – caso vomite, ela vai girar a cabeça para o lado.

- Dormir só em superfície firme, como no berço e com o colchão no tamanho adequado. Carrinho de bebê, sling, bebê conforto e cadeirinha de carro não devem ser usados para rotina do sono. Tudo bem adormecer por alguns minutos, desde que com supervisão, segundo especialistas ouvidos pela CRESCER.

- A APP recomenda que o bebê durma no quarto dos pais nos primeiros meses, mas nunca na mesma cama. Isso porque você consegue monitorar a criança e intervir rapidamente caso aconteça algo. Sem contar que vai facilitar na hora de amamentá-lo durante a noite.

- Bichos de pelúcia, travesseiros ou qualquer objeto solto devem estar fora do berço, inclusive protetores. Além do risco de asfixia, acumulam ácaros. O cuidado vale para roupas de cama, que devem ser presas embaixo do colchão.

- Faça o pré-natal correto. Há diversas evidências que relacionam um menor risco de morte súbita em crianças cujas mães fizeram um pré-natal regular.

- Evite contato com cigarro durante a gravidez e após o nascimento do bebê. O desenvolvimento do bebê no útero é prejudicado pelos maus hábitos, o que pode levar à prematuridade – um fator de risco para a morte súbita. Após o nascimento da criança, o cigarro também deve ficar longe. O fumo passivo prejudica o sistema respiratório. Se algum parente ou amigo seu tem o hábito, ele vai ter de fazer isso longe do seu filho.

- Não beba nem use medicação por conta própria durante a gravidez. E isso inclui o período anterior à sua gestação. Quer engravidar? Cuide-se desde já!

- Amamente. Ao sugar o peito, a criança é obrigada a respirar pelo nariz. Assim, desenvolve melhor o sistema respiratório, deixando os músculos fortalecidos.

- Chupeta como aliada. Isso não quer dizer que, se o seu filho não gosta ou não usa, você deve forçá-lo, mas alguns estudos mostram que o uso do acessório diminui a incidência de morte súbita. No entanto, ela deve ser só oferecida ao bebê quando a amamentação estiver estabilizada, depois de três ou quatro semanas de vida da criança.

- Evite superaquecer o seu filho. Ele deve estar vestido de maneira confortável para o clima do dia. Segundo a AAP, a criança deve estar com uma “camada” a mais de roupa do que você. Apenas isso! Também não deve cobrir a cabeça nem as mãos do seu filho, pois são pelas extremidades que ele regula a sua temperatura.

- Vacine seu filho. Recentes evidências sugerem que a imunização pode ter um efeito protetor contra a morte súbita.

- Cuidado com propagandas de produtos que dizem evitar morte súbita. Não há nenhum acessório ou produto que tenha essa finalidade, muito menos pesquisas científicas que comprove algum benefício em adquiri-lo.

- Não use monitores cardiorrespiratórios como uma estratégia de reduzir o risco de morte súbita. Não entre nessa paranoia!

- Deixe seu filho de barriga para baixo (acordado!) apenas para que ele exercite seus músculos. Mas sempre, sempre, sempre com você ao lado dele! Essa posição é importante para ajudar o desenvolvimento motor e muscular e a minimizar o risco de plagiocefalia – quando o crânio do bebê tem alguma deformidade pela pressão que sofre em apenas um dos lados.

- Você tem uma babá? Seu filho fica em um berçário? Com a sua mãe? Faça com que todos que ajudam você nos cuidados com o bebê saibam das recomendações sobre como prevenir a morte súbita.

- De olho na mídia. A AAP ressalta que tanto propagandas na TV quanto nas revistas, nos sites, nos jornais devem seguir as recomendações do sono seguro ao incluir um bebê em seus projetos.

- Campanha frequente. A Academia enfatiza a importância de campanhas ao redor do mundo orientando pais e educadores no cuidados com o sono das crianças, tanto para prevenir morte súbita como sufocamento e outros acidentes. A instituição reforça que os cuidados com o bebê devem ser passados para a mulher ainda durante a gravidez.

- Pesquisas e mais pesquisas. A cada cinco anos, as orientações para o sono seguro dos bebês devem ser reavaliadas, de acordo com a AAP. Isso inclui novas pesquisas, estudos e investigações por parte dos cientistas.

Fontes: Márcia Pradella, neuropediatra e responsável pelo setor de pediatria do Instituto do Sono, da Unifesp; José Hugo de Lins Pessoa, pediatra e membro do Núcleo Permanente de Estudos sobre o Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI275957-16891,00-POR%20UM%20SONO%20MAIS%20SEGURO%20DO%20SEU%20FILHO%20COMO%20PREVENIR%20A%20MORTE%20SUBITA.html
 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sobre a permanência do objeto

Ontem, estive conversando com os pais de um de nossos bebês sobre a questão da permanência do objeto e achei interessante postar o tema pra vocês.
 Na verdade, ocorreu que esse nosso bebê recebeu a visita de alguns primos que passaram o feriado na sua casa e, quando eles foram embora, o bebê estava dormindo e não conseguiu se despedir. No dia seguinte, ao acordar, correu procurar os primos e não os encontrou. De lá pra cá, ele tem estado inseguro e triste.

Nós, pais, jamais podemos imaginar o que se passa na cabecinha desses pequenos. E, menos ainda, o quanto uma atitude simples, faz toda diferença.

O bebê quando nasce, acredita que ele e o mundo são a mesma coisa. Basta sentir fome, que a comida aparece, basta fazer cocô que é trocado. Tudo que gera desconforto é aliviado pela mãe ou substituta, prontamente. As falhas nesse processo, geralmente surgem à medida que a mãe vai se desvinculando dessa "preocupação materna primária", que é responsável por tamanha afinidade entre os desejos e necessidades do bebê e a atitude materna. Com essas falhas, o bebê começa a entender que ele e o mundo são coisas separadas. Que esse mundo, inicialmente representado pela mãe, requer uma interação e manifestação dele e pode não atendê-lo exatamente na mesma hora que ele deseja. Isso é saudável e necessário para o seu desenvolvimento.
Juntamente com essa noção de mundo que vai sendo adquirira aos poucos, o bebê precisa perder a sensação de onipotência que também faz parte dessa primeira relação dele com a mãe. Ele se acha tão "poderoso" ao ponto de conseguir "aniquilar" seu objeto de desejo. Creio que muitos de vocês já passaram por situações como a do seu filho querer te morder, ou puxar seus cabelos, ou dar um tapa na sua cara. Esse é um exemplo de uma das maneiras que ele encontra para testar seu "poder". Ao resistirmos às suas investidas, estamos mostrando pra ele que ele não é tão "poderoso" assim. Por que será que os brinquedos nessa idade são tão resistentes? Não é um tal de jogar, pegar, jogar, pegar, jogar, pegar? Testes e mais testes.

No caso do nosso bebê em questão, a impressão que ficou é de que ele tinha se sentido responsável pelo sumiço dos primos. Como se os seus impulsos fossem tão fortes, capazes de fazer aqueles que ele ama, sumir. Isso foi reforçado pelo fato de não ter havido despedida.

Essa questão, vivenciada por todas as crianças, é chamada de noção de permanência do objeto. Para um bebê pequeno, quando um objeto sai do seu campo visual, é como se ele deixasse de existir. Ao longo do seu desenvolvimento, com as atitudes maternas e paternas, ele começa a entender que esse objeto continua existindo ainda que ele não esteja sendo visto (essa é uma das funções do brincar de "cadê a mamãe? /  achou"). Essa questão está intimamente relacionada a sensação de seguraça (a mãe sai mas continua existindo, por isso ela volta).
Ao anteciparmos os fatos que vão ocorrer ao longo do dia, ou num dado momento, estamos ajudando esse bebê a entender que as coisas acontecem independentemente dele querer ou não e que ainda que elas não estajam lá, elas vão continuar existindo.
Uma mãe que entrega o seu filho na porta da escola e se despede dele, ainda que ele esteja chorando, é muito mais saudável do que aquela que pede para a tia para entrar, distrai-lo e depois sai correndo, sem que ele a veja. O simples dizer tchau e "mais tarde a mamãe volta pra te pegar", após repetidas vezes, passa a ser incorporado pelo bebê e aceito. Então, ele adquire a confiança e segurança que o que está sendo dito vai acontecer. Assim, ele se acalma e vai formando o seu caráter.

Se o nosso pequeno bebê tivesse se despedido dos primos antes de dormir, se ele tivesse sido alertado que todos iriam embora para a casa deles e que ele tinha que dar tchau pra todos, talvez ele não tivesse se sentido tão inseguro e triste.

Incrível foi observar, após algumas orientações que passei para os pais, a sua mudança de comportamento. Mais incrível ainda foi a disponibilidade desses pais em ajudá-lo, tendo a mãe me contado hoje que ontem resolveram visitar os primos para que ele entendesse que eles não sumiram, que eles continuam existindo. E depois de muito brincarem, eles se despediram e ele foi para casa levando um objeto de um dos primos consigo (lindo de ver como eles são espertos - "Já que eu não os posso ter comigo, terei de outra forma" - uma representação deles - o objeto escolhido). Assim como um bebê que entra na escola precisa levar seu paninho ou ursinho de pelúcia para que ele se sinta seguro e tranquilo (nesse caso o objeto representa a mãe - é como se ele levasse um pedaço dela com ele, o que lhe oferece segurança na sua ausência).

Portanto, o que quero passar pra vocês é que procurem sempre antecipar os acontecimentos, conversando com seus bebês o máximo que puderem. Expliquem que vocês vão para uma festa de aniversário mas que depois do parabéns todos vão comer bolo, brigadeiro e ir embora. Certamente, eles aceitarão melhor a saída da festa. Antecipem o que farão no feriado, o que virão ao entrar na sala de um cinema, com quem e até quando ficarão para que vocês possam sair, ir a um casamento ou viajar. E cumpram o prometido. Assim tudo fica mais fácil e vocês estarão colaborando para o desenvolvimento saudável de seus pequenos, tornando-os mais seguros e tranquilos.

Um abraço,

Priscila Zunno Bocchini