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Bem-vindo ao Blog do Berçário Pé Pequeno!

Criamos este espaço para que nossos papais, mamães, colaboradores e demais interessados
possam trocar informações sobre o desenvolvimento dos bebês, rotina escolar, assuntos relacionados
ao universo infantil e tudo mais que surgir de inquietação, dúvida, medo, alegria, felicidade, etc, etc, etc...

Ah, você ainda não conhece o Pé Pequeno?
A hora é agora! Entre no site www.passoseguro.com.br e conheça essa querida Escola, instalada há 23 anos no bairro da Mooca, em São Paulo-SP que, ao longo desses anos, tornou-se referência em Ed. Infantil na região.

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terça-feira, 27 de março de 2012

Dicas para decoração, lembrancinhas, locais e tudo mais de festas infantis!

Muitas mães me pedem indicações de buffets, lembrancinhas, sites de decoração, entre outras coisas para as festas dos seus filhotes.
Então, reuni aqui dicas de serviços que já conheço e recomendo. Quem quiser indicar também, basta comentar esse post com as indicações (por favor, indiquem quem vcs conhecem) que eu insiro no corpo do texto.


Lembrancinhas, convites e cia:
 

http://www.fabricadeagrados.com.br/
http://amorempapel.blogspot.com.br/
http://nani-biscuit06.nafoto.net/   
http://minhasmarias.blogspot.com.br/     
http://anaiarteva.arteblog.com.br/       
http://www.oficinalizu.com
http://www.elo7.com.br/oficinadeartelizu        


Bolos e doces:

http://alehyppolito.blogspot.com.br/


Decoração mesa:


 


http://www.elo7.com.br/anassuavesfestas/




Buffets:


Na mooca:

http://www.picyellow.com.br/
http://www.buffetgirasol.com.br/

sexta-feira, 23 de março de 2012

Equilibrando o medo - Reportagem da Revista Crescer

Mais do que se preocupar em eliminar os temores da infância, o primeiro passo para criar um filho com autoconfiança é justamente ensiná-lo a lidar com seus limites. Saiba aqui o que é preciso para harmonizar a questão com as crianças sem deixar de protegê-las

Cristiane Rogerio e Noêmia Lopes. Fotos Ricardo Corrêa. Ilustrações Carla Irusta

   Reprodução
Gabriela usa colant e sapatilha da Cyma Ballet, Tutu (Acervo), Sapatilha de Tip Toey Joey
Não há uma única aventura clássica em que o protagonista não tenha seus limites testados em uma série de situações. Os enredos sempre alternam entre ser destemido e os momentos em que o herói simplesmente trava. Do pavor de cobra do arqueólogo Indiana Jones, passando pelo medo de voar do Super-Homem, à falta de coragem de Frodo em diversas etapas de sua jornada em O Senhor dos Anéis, a “situação-teste” está sempre ali no roteiro.
Em nossas vidas acontece assim também. E quanto antes educarmos as crianças a lidar com seus impedimentos e buscar conquistas, melhor. O ponto alto aqui é o equilíbrio. Isso porque o medo não é apenas algo natural, mas necessário para nossa sobrevivência. Não há evolução sem algo a temer. É justamente o jeito de tratar isso que nos dá a chave para seguir em frente, pois não se pode viver em função dele. E aqui o papel dos pais é essencial. É preciso ser forte. “Pode parecer contraintuitivo, mas ajudar a criança a desenvolver autoconfiança envolve ficar por perto e observá-la saindo de sua zona de conforto. Isso exige coragem de sua parte. Quanto mais confiante e corajosa a criança se tornar, mais coragem você precisará ter para apoiar o crescimento dela”, escreveu o psicólogo australiano Anthony Gunn em Como Criar Filhos Autoconfiantes (Ed. Gente), lançado no final do passado no Brasil. Você entendeu certo: seu filho vai correr riscos.
Fácil não é, sabemos. E mais: não parece que hoje temos ainda mais medo que antes? Fora os temores ligados aos desafios do desenvolvimento (escuro, monstros, altura, ficar sozinho), há uma tensão geral, a sociedade está mais agressiva. Um dos maiores especialistas em transtorno de estresse pós-traumático do Brasil, o psiquiatra e psicoterapeuta Eduardo Ferreira-Santos, de São Paulo, assiste ao clima de pavor atingindo as crianças. “Elas estão vivendo um reflexo do medo dos adultos, que o transmitem em um conjunto de restrições”, diz ele, que criou no Hospital das Clínicas o Grupo Especializado no Atendimento a Vítimas da Violência Urbana (Gorip), e viu inúmeros casos em que os pais estavam sempre mais apavorados que os filhos, inclusive quando a violência acontecia com as próprias crianças. Por conta disso, nos sentimos mais expostos, mais vulneráveis e, por consequência, mais presos. Pura contradição. Temos medo, nos fechamos e quando nos fechamos ficamos menos capazes de enfrentá-lo, pois só a experiência pode ajudar.
A contradição continua quando pensamos que, para sobreviver aos tempos de hoje, há um segredo importante: autoconfiança. Está lá no topo de qualquer livro de autoajuda para se obter sucesso na vida. Crianças estimuladas a serem autoconfiantes desde cedo são mais curiosas, mais abertas ao aprendizado, mais sociáveis e mais propensas a serem felizes, dizem as pesquisas. Mas, antes de tudo, precisam ser e se sentir livres. “Eu ousaria usar a palavra paranoico, mesmo que entre aspas. Pais ‘paranoicos’ geram filhos fóbicos. Sabe aquele ‘não faça’, ‘olha isso’, ‘cuidado’, vai gerando uma criança com medo de tudo”, diz o psiquiatra. Isso não quer dizer deixar os filhos fazerem o que bem entendem, porque os limites também educam. Ele mesmo viveu isso na pele. Quando seu filho, hoje com 22 anos, quis se equilibrar em cima de um muro, ele deixou, mesmo querendo dizer não e sabendo que o menino poderia se machucar. “Fiquei com o coração na mão. É claro que não estávamos em um precipício e eu o tempo todo bem por perto sempre. Ele exercia uma liberdade com uma margem de segurança.”
Mas essa é uma dinâmica difícil de escapar. Exercer a autonomia de uma criança hoje parece mais um jogo de onde se perde mais ou menos.
Medo ou fobia? 
O medo é uma emoção natural do ser humano, um aliado à sobrevivência. Fobia é um medo excessivo, desmedido, que surge na presença ou previsão de encontro com o objeto que causa a ansiedade. “Um jeito de saber se está passando da conta é quando há sofrimento na criança e se a vida familiar fica limitada por causa do medo. Aí é hora de buscar ajuda”, diz Neuza Corassa, psicóloga de Curitiba e criadora do site medos.com.br.
   Reprodução
Manuel está de camiseta da Srta, Butterfly, Capa da Farofa, Bermuda da Green
O medo também entrou sorrateiramente na casa da escritora e ilustradora Silvana Rando. Quando a filha Verônica tinha 7 anos, a escola fez uma ação para falar do medo por meio das histórias. Mas foi por meio dos colegas que ela conheceu a lenda da loira do banheiro. Não deu outra: a menina não ia mais ao banheiro sozinha, nem mesmo em casa. “Ela nunca foi uma criança com muitos medos, mas vimos que ela começou a mudar a rotina, e não dizia por quê. Precisou de muito tempo para ela se abrir. Fomos incentivando que mudasse, mas sem pressionar”, conta a ilustradora. A história não parou por aí. Silvana preparava mais um livro quando viu que tinha o tema medo para compartilhar com os leitores. Assim nasceu o adorável Gildo (Ed. Brinque-Book) que dá nome ao livro (Prêmio Jabuti de melhor ilustração de livro infantil em 2011), um elefante que não se importa com montanha-russa, nem filmes de terror, mas que odeia bexigas. “Pensei em um medo que fosse mais neutro.” Mas ela fez mais: em uma espécie de “homenagem” às mães, incluiu pelo livro todo o desenho de uma pequena barata. Ela jura que nunca teve medo do inseto. “Quando criança tinha medo de gato brigando no telhado. Aquele barulhão me deixava apavorada”, afirma a escritora, fazendo coro a um temor comum aos bem pequenos, como o de Victor, 4, filho da designer Andréa Cristina Naliato Quitério. “Desde muito pequeno, ele tem medo de rojões e barulhos muito altos, como sons, buzinas e campainhas”, conta. Ela tem um palpite sobre a origem do incômodo. “Ficamos pensando se , sem querer, ajudamos a provocá-lo de alguma forma, quando ele ainda era bebê, pois, em dias de jogo de futebol, eu ficava atenta o tempo todo e, a cada barulho mais forte, corria até o berço para tampar o ouvidinho dele.”
A dona de casa Carla Alessandra Chiarella de Carvalho também desconfia que ela possa ter influenciado o comportamento da filha Giulia, 7. Ela teve uma depressão pós-parto diagnosticada quando a pequena já tinha 1 ano, mas até começar o tratamento, Carla viveu vários sufocos. “Se ela estava perto da escada, eu podia vê-la rolando, toda ensanguentada. Um horror”, recorda. Embora nunca tenha apresentado nada parecido antes, hoje a menina se apavora com mosquitos de banheiro e se recusa a tomar banho sozinha, diz que sonha com um ladrão entrando na casa e matando toda a família. “No banho, por exmplo, entro com ela e depois vou saindo de vez em quando, dizendo que vou pegar algo mas que estou por ali. Quero que ela vá se acostumando a ficar sozinha. Quando conversamos sobre seus medos, conto que também tenho os meus também e que sempre irei ajudá-la.”
A influência dos pais no medo dos filhos, claro, é importantíssima, para o bem e para o mal. Se medo se aprende? É possível. Você receia que seu filho herde seu pavor de insetos? Então, é bom procurar tratamento ou prepare-se para disfarçar. “Um aspecto é o da base genética. As regiões do cérebro relacionadas à sensação do medo podem ter mais ou menos sensibilidade de acordo com a predisposição genética do indivíduo. Existem evidências que comprovam: famílias de pessoas com ansiedade e fobias apresentam mais tendência a ter filhos também com ansiedade e fobias. Do ponto de vista comportamental, os pais têm determinado medo e modelizam para a criança o jeito de responder ou evitar certa situação”, diz o neuropediatra Mauro Muszkat, coordenador do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil Interdisciplinar (Nani), da Unifesp.
Educar pelo medo, então, nem pensar. Fuja da tentação de um “não vai lá atrás que está cheio de bichos” para poder segurar seu filho por perto. O tiro pode sair pela culatra. “Não deixa de ser uma forma rápida e fácil de exercer o controle sobre os filhos, mas que, ao longo do tempo, pode torná-los inseguros e ansiosos. Portanto, para educar um filho é preciso dispor de tempo e paciência para explicar tudo e até permitir que eles se machuquem (dentro de um determinado limite, claro!), de forma que eles possam levar a sério quando os pais disserem, no futuro, ‘não faça isso porque você pode se machucar e sofrer’”, diz Olga Tessari, psicóloga e escritora de São Paulo, autora do livro Dirija sua Vida sem Medo (Ed. Letras Jurídicas).
Saia da rotina 
Veja os truques do psicólogo Anthony Gunn retirados do livro Como Criar Filhos Autoconfiantes (Ed. Gente), para tirar seu filho da zona do conforto, que não têm nada a ver com correr perigo

Jantar diferente: na hora da refeição, use talheres trocados ou coma com palitos japoneses
Mudança de lugar: troque os lugares das pessoas na hora de jantar ou para assistir televisão ou ainda experimente comer a sobremesa debaixo da mesa de jantar (as crianças adoram isso!)
Desenho com a mão trocada: se for destro, desenhe com a mão esquerda e vice-versa.
Lendo do fim para o começo: leia uma história curta e com imagens, mas de trás pra frente.

Terror noturno
Embora aconteça em 40% das crianças até os 3 anos, não tem nada a ver com os medos da criança. “Ele aparenta um pesadelo, e acontece na fase do sono mais profundo, quando ia passar para o sono em que se sonha. Mas a criança não lembra de nada”, afirma a neuropediatra Márcia Pradella-Hallinan, coordenadora do setor de pediatria do Instituto do Sono da Unifesp. Se passar de três vezes por semana, procure ajuda profissional.
Arte para os sentimentos
Quem acompanha as matérias da CRESCER não vai se surpreender: as artes também se encaixam como ferramenta preciosa aqui. As histórias, por exemplo, são ótimas maneiras de a criança se preparar para situações futuras. Ou até nominar o que ela não sabe expressar, como se fosse uma conversa com os nossos sentimentos. “Ao longo dos tempos a imaginação vem sendo usada assim, pela capacidade que o ser humano tem de exercer função simbólica. Ou seja, se não consegue entender o sentimento, projeta-se isso em algo com o que você consiga lidar. Assim a bruxa não é ameaçadora para a criança que ouve a história e sim libertadora”, diz a pesquisadora em desenvolvimento humano Elvira Souza Lima, autora de A Criança Pequena e suas Linguagens (Ed. Sobradinho). Por essas e outras, o Sesc Vila Mariana, localizado na zona sul de São Paulo, exibe até abril a mostra Você Tem Medo de Quê?, com peças de teatro de companhias premiadas que tenham o tema em seu repertório, e mesas-redondas e oficinas para crianças e pais. Pasme para a inspiração do projeto: os pais. “É instintivo, eles querem cuidar, mas, em geral, têm um comportamento que não ajuda: ou eles retiram a criança da plateia antes ou ao menor sinal de desconforto, ou tentam diminuir dizendo algo como ‘olha lá, é de mentirinha’. Pensando nisso, resolvemos não apenas montar um repertório focado no tema, mas também conversar com os pais, seja no final dos espetáculos, seja nos encontros que promoveremos ao longo da temporada”, afirma Rodrigo Gerace, animador cultural do espaço e responsável pelo projeto. E nada de assustar as crianças. Nenhuma das peças têm bruxas, monstros ou figurinos amedrontadores. “O foco é trabalhar o medo como sentimento e não como sensação”, conta.
Produzir arte também ajuda, pois é uma forma de a criança elaborar diversos conflitos, inclusive seus medos. O conselho vem da atriz Ligia Cortez, diretora da Casa do Teatro, que ministra cursos de artes em diversas linguagens para crianças a partir de 4 anos, e jovens até os 20, em São Paulo. “Para cuidar da autoconfiança da criança há algumas atitudes importantes. Primeiro, deixar espaço para a criança criar. Depois, valorizar o produto criativo dela, sem julgamentos. Muitas vezes os pais acham que o certo é o limpinho, mas não há certo e errado. Se o desenho está torto é o que menos importa. Hoje está tudo muito concreto, tudo pela técnica, mas temos que cuidar da formação humana das crianças.” Ela diz que quando a Casa abriu, em 1983, o principal problema das crianças era a separação. “Hoje é o medo de ser rejeitada”. Muitos alunos chegam indicados pelo psicólogo. “Mas aqui não se muda ninguém. O teatro é terapêutico, não é terapia. A criança consegue se expressar. Muda o jeito de ela lidar consigo mesma. O tímido vai ver que outra criança é mais tímida que ela e ainda assim conseguiu falar. E o mais atirado vai ver revelado uma insegurança escondida”, conta Ligia, mãe de Vitória, 25 anos, e Clara, 12.
O medo da rejeição acontece desde os tempos que vivíamos em aldeias, quando ser expulso de um grupo era um tipo de morte. Segundo o psicólogo Anthony Gunn, enraizamos isso. Em entrevista à CRESCER, ele aponta que, se o temor da criança for muito intenso, e passar dos seis meses, é hora de procurar ajuda. Em qualquer caso, ele alerta: “Respeite o medo, não importa o quão maluco ele pareça, encoraje a criança a encará-lo em passos graduais e seja um modelo para seu filho, inclusive na hora de ajudá-lo a enfrentar tudo”. Para que ele se sinta acolhido por você, a vida toda.
Os medos e suas fases
Eles estão ligados a etapas específicas do desenvolvimento, e o modo e a intensidade varia de criança para criança – têm relação com a personalidade dela, a dos pais, entre outros fatores. Com o crescimento e a maturação cognitiva e emocional, a criança vai encontrando estratégias eficazes para lidar com os medos, e sua ajuda é fundamental, claro.
No início, o que mais os assusta são barulhos ou luzes muito fortes.
A partir dos 2 anos, é frequente a criança começar a temer ser abandonada pelos pais e qualquer separação pode representar isso. Também nessa fase se verifica um aumento do medo dos animais, que costuma perdurar até por volta dos 4.
Perto dos 3, a imaginação assume um papel preponderante e aí chegam o medo do escuro, dos monstros, dos fantasmas, dos ladrões, entre outros. Aumenta na hora de dormir, momento em que a criança se sente “desprotegida”.
Aos 6, ela atinge uma fase de desenvolvimento que lhe permite encarar a morte como algo irreversível, perdendo o seu lado fantasioso e assumindo uma vertente mais concreta, daí o medo que os pais morram. Ele começa também a dar atenção para outros pontos, principalmente na escola, onde podem surgir receios ligados a essa nova etapa da vida e o medo de se expor.
Fonte: Graziela Zlotnik Chehaibar, psicóloga e terapeuta familiar de São Paulo (SP) e pesquisadora na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Infográfico: Alan Leitão
Fonte: Neuropediatra Mauro Muszkat, da Unifesp, e André Palmini, neurologista da PUC-RS 
FONTES: Anthony Gunn, psicólogo, autor de Como Criar Filhos Autoconfiantes (Ed. Gente) da Austrália; André Palmini, neurologista e professor da PUC-RS; Daniela De Rogatis, educadora e consultora da área de educação e família de São Paulo; Eduardo Ferreira-Santos, psiquiatra e psicoterapeuta de São Paulo; Elvira Souza Lima, pesquisadora em desenvolvimento humano e autora de A Criança Pequena e suas Linguagens (Ed. Sobradinho); Graziela Zlotnik Chehaibar, psicóloga e terapeuta familiar e pesquisadora na Faculdade de Medicina da USP; Mauro Muszkat, neuropediatra e coordenador do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil Interdisciplinar (Nani), da Unifesp; Márcia Pradella-Halliman, coordenadora do setor de pediatria do Instituto do Sono; Mônica Mazzo, diretora do Colégio AB Sabin; Luiza Elena Valle, psicóloga, professora da PUC-Minas e autora de Brincar de Aprender (Ed. Wak); Neuza Corassa, psicóloga de Curitiba e responsável pelo site medos.com.br; Olga Tessari, psicóloga e escritora de São Paulo, autora do livro Dirija sua Vida sem Medo (Ed. Letras Jurídicas); Priscila Canteri, coordenadora da educação infantil da Escola Santi; Rodrigo Gerace, animador cultural do Sesc Vila Mariana (SP); Ligia Cortez, atriz e diretora da Casa do Teatro, de São Paulo MÃES: Fernanda Leão, Maria Militão, Thais Yuri Tanaka de Almeida; Lidia Neves; Luciana Conti; Silvana Rando; Andréa Cristina Naliato Quitério; Carla Alessandra Chiarella de Carvalho


quarta-feira, 21 de março de 2012

O Pequeno Príncipe no Shopping Iguatemi Alphaville

Após o grande sucesso da Exposição Interativa O Pequeno Príncipe nos Shoppings
Iguatemi Porto Alegre e Iguatemi Campinas. 
A mostra virá para São Paulo no Shopping Iguatemi Alphaville de 1º de março à 1º de abril.

Instalada em uma área de 400 metros quadrados, a exposição “O Pequeno Príncipe”
será composta por nove cenários, que remetem os visitantes à história do
clássico infantil escrito por Antoine de Saint-Exupéry.
A exposição, gratuita, ficará aberta ao público diariamente das 12h às 20h,
de domingo a sexta-feira e das 10h às 22h aos sábados.
Exposição O Pequeno Príncipe
Onde: Área de eventos – Piso Lazer do Iguatemi Alphaville
Quando: de 01 de março até 01 de abril
Horários para o público em geral: de domingo a sexta-feira, das 12h às 20h; sábados, das 10h às 22h
Visitação das escolas: a partir de 1º de março, de segunda a sexta-feira, conforme agendamento prévio pelo e-mail agendamentoiguatemialphaville@opequenoprincipe.com
Entrada gratuita

sexta-feira, 16 de março de 2012

Chupeta, a melhor hora de tirar!

Finalizo a semana fazendo uma campanha em prol da retirada da chupeta dos pequenos do B3 que já completaram um aninho.

Como assim?
Vou começar o texto falando da necessidade fisiológica da sucção.
Segundo estudos fonoaudiológicos, o bebê precisa, para o seu desenvolvimento, sugar até os 9 meses de idade. Após esse período, todas as funções que a sucção promove no desenvolvimento, como o fortalecimento da musculatura facial, já foram desenvolvidas. Portanto, do ponto de vista físico, não há mais necessidade nem de chupeta nem de mamadeira após esse período (mas não vou entrar no mérito da mamadeira aqui, deixa pra uma próxima).

Do ponto de vista da segurança, chupar chupeta durante o sono, reduz significativamente o risco de morte súbita nos primeiros messes de vida. O bebê de 1 ano já passou desse período. Ele já é capaz de se defender, removendo objetos e se movimentando para mudar de posição.

Do ponto de vista emocional, o bebê de 1 ano já está preparado para e começa a eleger um objeto de apego que represente a mãe na sua ausência (lembremos que aqui, com 1 ano, ele já sabe que a mãe é separada dele e isso causa uma angústia quando ele não a vê por perto). É o famoso objeto de transição (ou transicional) apresentado pela mãe e incorporado à rotina e vida do filho como calmante nos momentos de insegurança e medo, até o momento em que ele não o julgue mais necessário (cada criança descarta o seu objeto transicional a seu tempo, não existe um momento exato para isso acontecer). Só que essa chupeta pode atrapalhar o processo, pois ela mascara a necessidade do objeto transicional e acaba impedindo que a criança se fixe em outro objeto para se sentir calma e segura. Portanto, a chupeta nessa fase não tem mais função nenhuma, apenas de acalmar o impaciente bebê que se acostumou a ela. Ele pode se acalmar de tantas outras formas, mas a chupeta é fácil, pode ser levada/comprada em qualquer lugar. Pode ser carregada com facilidade e é suuuuuuuper normal ser usada por uma criança de 1 ano. Fica cômodo carregá-la consigo (em inglês chupeta chama-se pacifier - ou seja, pacificador - não é por menos, ela realmente promove a paz de filhos e pais).

Com 5 anos de experiência em berçário escolar, pude constatar que a chupeta, depois de 1 ano de idade não faz a menor falta na maioria dos casos, depois do segundo dia sem ela. Já para crianças em torno de 2, como é duro e traumatizante retirá-la, assim de repente da sua vida!

Recentemente, tivemos um bebê no B3 que ficou 2 dias sem chupeta e... tcharam, não pediu  nunca mais. Fácil assim! Já vi vários outros casos como esse.

Então, a partir de agora, as chupetas no B3 serão oferecidas nos momentos de sono, irritação e indisposição. As tias aboliram as chupetas das atividades externas e do cercado de estimulação.

Com isso, reduzimos os riscos de contaminação pela saliva (é muito comum virarmos as costas e as crianças pegarem uma a chupeta da outra), estimulamos os pais que desejam retirar definitivamente a chupeta desde já, incentivamos a criança a encontrar outro objeto acalentador, diminuimos os custos futuros com dentistas, reduzimos o estresse futuro na retirada da chupeta tardia, exercitamos o auto-controle nos pequeninos.

Bonecos de pano - famosos objetos transicionais
Quem quiser aderir em casa, pode começar no final de semana. São 2 dias de "desculpas" e, para alguns, um certo esforço para distrair. Sugerimos que apresente um travesseiro, bicho de pelúcia, paninho, que possa substitui-la. E vamos que vamos! Tenho certeza que muitos dos pequenos vão surpreender vocês (e nós)!

Bom final de semana,

Priscila Zunno Bocchini  

quarta-feira, 14 de março de 2012

Atenção...Concentração...

Retirei esse texto da Wikipedia:

Atenção é um processo cognitivo pelo qual o intelecto focaliza e seleciona estímulos, estabelecendo relação entre eles. A todo instante recebemos estímulos, provenientes das mais diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles, pois não seria possível e necessário responder a todos. É um processo de extrema importância em determinadas áreas, como na educação, já que se exige, por exemplo, a um aluno que preste atenção às matérias lecionadas pelo professor, ignorando outros estímulos visuais, sonoros ou outros, como o que se está a passar fora da sala de aula (estando, neste caso, relacionado também com o problema da disciplina). Além da atenção concentrada, em que se selecciona e processa apenas um estímulo, também pode existir atenção dividida, em que são seleccionados e processados diversos estímulos simultaneamente - como quando se conduz um automóvel e se ouvem as notícias do rádio simultaneamente.
Para que a atenção atue são necessários três fatores básicos:
  • Fator fisiológico, onde depende de condições neurológicas e também da situação contextual em que o indivíduo se encontra;
  • Fator motivacional: depende da forma como o estímulo se apresenta e provoca interesse;
  • Concentração: depende do grau de solicitação e atuação do estímulo, levando a uma melhor focalização da fonte de estímulo.
Quanto a fonte de estímulo podemos ter estímulo visual, auditivo e sinestésico.



Hoje o assunto aqui no B1/2 e B3 foi ATENÇÃO!
Tudo porque reforcei com a equipe a importância de ligarmos a TV apenas nos horários estipulados no cronograma. Então, uma berçarista me perguntou: Por que não podemos deixar a TV ligada?
Aí, a Tia Pri aqui aproveitou pra explicar alguns conceitos da psicologia para a equipe.
Resumidamente, eles estão nessa definição de atenção da Wikipedia, mas vou explicar melhor pra vocês.

Em psicologia, estudamos que a atenção é dividida entre atenção concentrada e atenção flutuante (que a Wikipedia chamou de "dividida").
A atenção concentrada seleciona um único estímulo e é incapaz de ser dirigida a outro ao mesmo tempo (ela só pode ser voltada para outro estímulo se "abandonar" esse primeiro).
Já a atenção flutuante pode selecionar vários estímulos e "pular" de um para o outro, dependendo de fatores externos e internos.
Portanto, é impossível concentrar-se em duas coisas ao mesmo tempo (ou você dirige ou escreve um sms para o seu marido - tenta fazer os 2 que você vai ver o risco que está correndo).
Já tomar banho e cantar, como o cantar é a atenção flutuante, você até consegue. Mas, certamente, a qualidade do banho não será a mesma se você estivesse apenas concentrada no banho. Pode ser que você lave a cabeça por 2x e se pergunte se foram 2 ou apenas 1. Rs!
Sendo assim, quando oferecemos vários estímulos ao mesmo tempo para a criança, estamos pedindo que ela consiga dar conta de todos. E aí começa o problema!
O problema pode não repercutir em nada na vida dela hoje. Mas, certamente, trará consequências a longo prazo. Essas consequências podem se relacionar à facilidade de se distrair ao ler um livro e nunca conseguir terminá-lo, à resistência em permanecer em um local por um logo tempo sentado e concentrado, até à alguns transtornos de atenção como o TDAH.

Sugestões para colocar essa teoria em prática, e ajudar no desenvolvimento saudável dos filhos:



Procure manter a criança concentrada no que ela está fazendo. Exemplo: Hora de comer é hora de comer, e não de ver TV nem de brincar. Sugiro até que desligue a TV, para não se distrair com o som. Colocar no cadeirão, sem brinquedos, "agora é hora de papar, depois que você papar aí você vai poder brincar".

Com os maiorzinhos, você pode explicar melhor. Dizendo que existe hora pra tudo. Hora pra dormir, hora pra acordar, hora pra ir pra escola, hora pra fazer lição, hora pra brincar, hora pra comer, hora pra ver TV. E que agora (por exemplo) é hora de tomar banho. Portanto, ela vai TOMAR BANHO. Se depois do banho você quiser deixá-la brincando um pouco no banheiro com os brinquedos de água, explique que agora que ela já tomou banho, ela pode brincar um pouco na água.

Antecipar as ações também é muito importante. Quando forem à uma festa de aniversário e chegar a hora de ir embora: Filha, você vai escorregar mais 2 vezes e nós vamos embora. Chegou a hora.
Agindo assim, você não vai estar tirando-a de sopetão da festa e ajudando-a a entender a noção de tempo e espaço. Além dos limites e regras, claro. Se usarmos essa expressão com frequência, "tem hora pra tudo, agora é hora de..." certamente será mais fácil fazê-la entender que algo "acabou". E quanto mais cedo isso for internalizado, mais rotineiro se torna pra criança.

Portanto, a TV não deve estar ligada o dia todo para não distrair e desconcentrar os bebês durante as demais atividades, a Tia Pri explica o porquê e a equipe faz acontecer.
Espero que vocês também o façam em casa. Essa parceria (família - escola) é essencial para que conceitos sejam fixados e internalizados, visando sempre o bem-estar dos pequeninos.

Priscila Zunno Bocchini

segunda-feira, 5 de março de 2012

Dos cuidados à educação, qual é a fase mais difícil?

Hoje recebi um email de uma mamãe que está muito preoupada, pois o seu bebê de 1 ano e 3 meses está mordendo os colegas. Ela fez questão de me relatar a maneira como abordou com ele o fato ocorrido, ressaltando que não aprova esse tipo de comportamento e que está tomando as providências que considera pertinentes.
Então, resolvi falar um pouco sobre essa fase, depois do primeiro aniversário, que costumo chamar de início da educação.

Até o primeiro ano de vida, o que mais preocupa os pais são os cuidados, os medos de acidentes e viroses. Sono ininterrupto, nem pensar. Muitos compartilham a cama, outros colocam sensores de respiração. Tudo visando a preservação da vida do bebê.
Quando ele completa 1 ano de vida, como que num passe de mágica, tudo muda. Ele passa a dar outros tipos de preocupação. Começa a colocar suas "asinhas" pra fora. Reforçar a personalidade. Saber o que quer e o que não quer. Quando anda, aprende a fazer birra. Jogar-se no chão, virar o prato de cabeça pra baixo. Começa a morder a mãe, o pai, o colega. Bate naqueles que o contrariam. Empurra quem aparece na sua frente, literalmente removendo o obstáculo.
Nós, pais, ficamos de cabelos em pé. Repreendemos, deixamos de castigo, ficamos bravos e, ao mesmo tempo, tristes. O difícil é entender o que se passa na cabecinha desse lindo bebê sorridente e carismático que, de repente, virou do avesso. Agora, o que os pais mais anseiam é pela presevação de suas vidas e da vida daqueles com quem ele convive.

Já falei em outros textos que a criança começa a se perceber separada do mundo por volta dos 6 aos 8 meses de idade. Isso se dá na relação com a mãe, inicialmente. Aos poucos, ela passa a reconhecer o mundo como externo e as outras pessoas como outras pessoas. Porém, ela ainda não desenvolveu, nesta etapa, o senso de preocupar-se com o outro. De certa forma, aquela onipotência perdida, parcialmente, com a descoberta do mundo, ainda está presente na inclusão das pessoas no seu mundo. Tudo ainda precisa girar em torno dela. E girar em torno dela significa não ter que se preocupar, ainda, com ninguém. Só com ela mesma.
É aí que começa a fase de início da educação. Educar entende-se aqui como apresentar regras, limites, possibilidades. Educar num sentido amplo da palavra.
Porém, esse educar tem que ser gradativo. Obviamente que a criança já entende muito do que dizemos e expressamos. Todavia, ela está experimentando tudo o que está a sua volta e precisa que alguém lhe diga quando e como parar.
Essa noção de preocupação com o outro só vai ser adquirida lá na frente, por volta dos 3 anos. Até então, a criança vai testando, introjetando aquilo que é permitido e aquilo que não é. Assim, ela internaliza regras, valores e respeito.
Vamos pensar juntos, então. Será que dar aquela bronca ou colocar de castigo farão efeito para uma criança de 1 ano?
Muito pouco provável. Mas, então, não fazemos nada? Deixemos que ela se expresse como quiser?
Também não! Vamos encontrar um meio termo pra isso. Uma forma bastante eficaz de fazer com que a criança perceba o outro e internalize regras é brincando com ela.
Na brincadeira, podemos escolher que regras determinar. Podemos montar torres com crianças de 1 ano, deixando que uma vez ela coloque o cubo e na outra você coloque. Assim, estamos mostrando pra ela que tem alguém ali. Que ela precisa esperar a sua vez. Na brincadeira, podemos ensinar a perceber o outro através do abraço, do carinho, do beijo. E reforçar que essas são atitudes positivas. Na brincadeira, podemos mostrar pra ela que existem muitas formas de se expressar que não necessariamente venha a atingir o outro. Exite a pintura, a colagem, a massinha, a areia.
O bate-papo é sempre importante. Perguntar como foi o dia, falar que ficou sabendo que ela mordeu ou bateu num coleguinha. Que a mamãe ficou triste com isso. Mas isso basta. Reforcemos o positivo, o otimista. Falemos que hoje ela vai pra escolinha e vai fazer carinho nos amigos, dar beijos. E não que ela vai pra escolinha e não vai morder. A neurolinguística fala muito sobre o quanto o cérebro não reconhece o não nos imperativos.
Os castigos, cantinhos pra pensar, são bem-vindos depois dos 2 anos de idade. Quando elas entendem que não pode e por quê não pode. Senão, o castigo não faz sentido. O tempo de castigo é calculado 1 minuto por idade. De preferência, em um local específico da casa que não o quarto da criança. Pois, depois dos 2 anos, ela pode associar o quarto a um ambiente hostil, justamente por ser o local onde fica de castigo. Procurem um canto da casa que seja reservado.
Quando a criança começa a ter comportamentos positivos, sempre elogiar, reforçar o comportamento. Jamais deixar cair no esquecimento. Ela tem que saber que vale a pena ser bom e agir bem.

A meu ver, essa é a fase mais difícil e requer muita paciência e tato para lidar. Mas também, quando elas chegam lá nos 4 anos de idade, uma vez introjetadas todas essas regras e conceitos, tornam-se crianças socialmente ajustadas e felizes.

Aos poucos, vou dando dicas para essa fase.

Boa sorte,

Priscila Zunno Bocchini

quinta-feira, 1 de março de 2012

Até os 8, só elogios, ok? - Reportagem da Veja




Matéria extraída da Revista VEJA de Fevereiro de 2012

Por Carolina Melo


Os avanços obtidos pela ciência no estudo do cérebro nas últimas duas décadas têm implicações extraordinárias na educação.  Pouco a pouco se tem desvendado como funcionam os processos da cognição humana nos primeiros estágios do aprendizado. Isso abriu aos educadores um leque totalmente novo de recursos  para desenvolver a capacidade dos alunos. Nesse processo, a neurociência já derrubou mitos como o de que as lições na sala de aula devem mirar de forma diferente os lados direito e esquerdo do cérebro ou de que usamos apenas 20% da massa cinzenta. As ferramentas que mais resultados temos produzido  na montagem do novo mapa de aprendizado são os equipamentos de ressonância  magnética, capazes de enxergar em tempo real como o cérebro se comporta diante de diferentes estímulos.

O estudo
Uma pesquisa recente da Universidade de Leiden, na Holanda, feita com ressonância magnética, serve para orientar os pais e professores a respeito dos estímulos básicos de todo processo educacional: a aprovação e a reprovação dos trabalhos das crianças. O estudo mostra  que as crianças na faixa de 8 a 9 anos aprendem com elogios, mas não tiram lições das críticas negativas. – simplesmente não dão ouvidos a elas. Já as crianças na faixa dos 11 e 13 anos são capazes de aprender com os próprios erros e, portanto, são sensíveis às críticas negativas, da mesma forma que os adultos. Disse a VEJA o neurologista  Paul Thompson, da Universidade da Califórnia, especialista em ressonâncias magnéticas cerebrais: “O lobo frontal do cérebro, responsável pelo autocontrole e pela avaliação das consequências das atitudes, só se desenvolve plenamente a partir dos 12 anos. É por isso que as crianças se expõem a situações de risco sem perceber. Isso explica por que o desenvolvimento cognitivo no cérebro das crianças mais crescidas é ativado por respostas negativas, em quanto nas pequenas ela ocorre por meio de respostas positivas”.

Quebrando mitos
O maior dos mitos pedagógicos desmontados recentemente pela neurociência reza que a mente das crianças é uma folha em branco, e cabe aos pais e à escola preenchê-la com conhecimentos. Para isso, acreditava-se, era pré-requisito que a criança já tivesse desenvolvido a linguagem. Ocorre que as crianças são mais sabidas do que se pensava. Uma série de estudos prova que, a partir dos 3 meses de idade, os bebês já se engajam em um processo intenso de aprendizado de noções rudimentares de biologia, física e aritmética. Antes se pensava apenas que os bebês observavam o ambiente à sua volta e têm a atenção despertada por pessoas e objetos, mas não são capazes de adquirir conhecimento com isso. 

Os bebês entendem
Agora se sabe que os bebês já têm consciência de que, por exemplo, os objetos precisam de um suporte para não cair no chão e de coisas inanimadas só se movimentam se alguém mexer nelas. Antes acreditava que a voz dos pais ou das pessoas conhecidas desperta a atenção das crianças muito pequenas porque elas se habituam a ouvi-la. Agora se sabe que as crianças desenvolvem mecanismos linguísticos antes mesmo de aprender a falar. Elas sabem que as palavras expressam um conteúdo e que o latido de um cachorro ou o toque de um telefone não têm significado algum. As descobertas da neurociência possibilitam aos educadores saber exatamente com o que estão lidando ao incutir o conhecimento nos 100 bilhões de neurônios que carregamos no crânio.


Revista VEJA
01/02/2012
Edição 2254